Repassando este artigo da Associação ANIMAL, com as lágrimas nos olhos, apesar de a notícia já ser de 2/2003.
Mais uma vez, e desta a chamada "fina flor" portuguesa (de fina nada lhe vejo, e de flor ainda menos... só se for "a fina flor do entulho"), deu provas de grande crueldade, pouca democracia e desrespeito pela vida e sofrimento dos animais.
Para gáudio de uns tantos malandros e cruéis irresponsáveis, (os manda-chuva da economia de Guimarães), foram mutilados e mortos a tiro 5.000 pombos no Clube Industrial de Pevidém - Guimarães, cujo objectivo é chacinar por ano cerca de 60.000 aves em aberrantes provas de tiro ao alvo.
Desrespeitar as Ordens do Tribunal são hábitos arreigados que, os bolsos recheados acoitados à sombra do poder político, ainda teimam em fazer valer.
Tais hábitos eram tão fortes que, mesmo a Polícia de Segurança Pública, ainda demonstra pejo em obrigá-los a respeitar as Leis.
Pelo menos, desta vez, a multa doeu alguma coisa e não foi como de costume, só para a gente se rir... e eles também. Dantes, pagavam multas de bom grado,(quando pagavam e quando lhes eram aplicadas) porque, era mais fácil pagar e não se aborrecerem do que discutir com as autoridades.
De resto, as multas, quando as havia, eram irrisórias; dado que provinham de Leis de há de há 20/30 anos ou mais, e as respectivas coimas datavam dessa altura.
Alguma coisa mudou neste abençoado país? Sim, alguma coisa mudou, mas os mandantes que empossamos nos governos ainda são do tempo do antigamente, (pelo menos em ideias), e nem sequer há o cuidado de lhes dissecar a vidinha para ver se são dignos ou não dos cargos políticos.
Fica tudo no segredo de justiça (desculpem o erro) política.
Ninguém se lembra que quando se nomeia um ministro, e mais do que isso - um primeiro ministro, ele logo se rodeará dos acólitos porque irá procurar apoios, não vai comprar brigas e desentendimentos.
É por isso mesmo que o agora Ministro Henrique Chaves continua a interpor recursos atrás de recursos numa tentativa de manter tão cruel prática, proibida pela Lei de Protecção dos Animais.
Pelo menos nisso... sempre dou valor aos americanos que põem tudo a nu; nem se acanham de depor um presidente se a coisa lhes cheirar menos bem.
Isso é que é democracia!
Tal como eu sempre digo: «não se podem ter dois pesos e duas medidas»!
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Laura B. Martins
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Intervenção Judicial da «Associação ANIMAL» Contra o Tiro aos Pombos em Portugal
Decisão do Tribunal da Relação de Guimarães favorável à ANIMAL mantém sanção aplicada ao Clube Industrial de Pevidém por ter realizado prova de tiro aos pombos
Em Fevereiro de 2003, o Tribunal Judicial da Comarca de Guimarães deu provimento a um procedimento cautelar interposto pela ANIMAL, proibindo uma prova de tiro aos pombos que estava prevista para acontecer no Clube Industrial de Pevidém, sito no concelho de Guimarães.
No dia da prova, e não obstante a ordem judicial decretada, os responsáveis deste clube de tiro prosseguiram com a mesma, desobedecendo deliberadamente a esta sentença judicial, o que fizeram com a cumplicidade da PSP local, cujo comandante afirmou, perante os elementos da ANIMAL presentes no local, que não interviria porque a «fina-flor» da economia de Guimarães estava naquela prova de tiro aos pombos.
Isto, mesmo estando explicitamente obrigado pela dita sentença a intervir e impedir a prova.
No seguimento deste acto de desobediência qualificada, o Tribunal Judicial de Guimarães aplicou as sanções previstas na providência cautelar decretada, nomeadamente uma multa de 10.000 euros por cada dia de incumprimento da decisão judicial (a prova durou dois dias, nos quais foram mutilados e mortos a tiro 5.000 pombos), decisão que foi contestada, por recurso, pelo Clube Industrial de Pevidém, então representado pelo agora Ministro-Adjunto do Primeiro Ministro, Henrique Chaves, na sua contínua defesa do tiro aos pombos em Portugal.
O recurso, entretanto apreciado pelo Tribunal da Relação de Guimarães, foi agora dado como improcedente por este tribunal de apelo, que considerou que a sanção aplicada ao Clube Industrial de Pevidém deve manter-se e ser executada (nomeadamente com o pagamento de uma multa de 20.000 Euros).
Depois de, a propósito de uma acção principal de um processo judicial contra o tiro aos pombos, também em resposta a um recurso interposto pelo agora Ministro Henrique Chaves, os Desembargadores do Tribunal da Relação de Guimarães terem já, num Acórdão, considerado que esta prática é, além de cruel, proibida pela Lei de Protecção dos Animais, esta é uma decisão judicial que vem reforçar o caso contra o tiro aos pombos, sendo mais uma das cada vez mais expressivas e fortes vitórias judiciais da ANIMAL, no seu esforço para pôr fim a esta prática alegadamente desportiva, mas que é na verdade aberrante, e que consiste em matar cerca de 60.000 pombos por ano em provas de tiro ao alvo.
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