O congelamento dos salários na Função Pública tem como objectivo travar o défice que em 2009 chegou aos 9,3% do PIB, um buraco com mais de 15 milhões de euros e tem que ser resolvido até 2013.
Os funcionários públicos protestam que são sempre eles a pagar as favas.
No sector privado, a crise paga-se com mais de meio milhão de desempregados. As empresas não aumentam os salários e ainda despedem para conseguirem sobreviver.
Estado e empresas acham como solução fácil o despedimento, em vez de rentabilizarem os serviços e, no caso dos particulares, procurar novos mercados.
Isto não só é comodismo, como inconsciência e incapacidade de gestão.
No tempo da «outra senhora», sei que já lá vão muitos anos, os funcionários públicos não chegavam aos 185.000, incluindo metrópole e colónias.
Hoje, o funcionalismo público, fruto de compadrios, cunhas, má gestão e organização dos serviços públicos, ascende quase a 800.000 trabalhadores e continua a servir mal os cidadãos.
Temos hoje uma das mais pesadas máquinas de Estado em toda a Europa Comunitária.
O erro da «gorda» máquina do Estado não está nos seus funcionários. Está em quem a dirige, como sempre!
Brutos gabinetes cheios de engenheiros e doutores que pouco produzem; contratados apenas para levarem ordenadões no final do mês. Corta-se no pessoal que realmente trabalha, (que remédio) pois tem em cima a pata dos que, bem instalados dentro dos seus gabinetes, pouco de lá saem para coordenar eficientemente os serviços e dão ordens pouco realistas de quem mal conhece as necessidades dos sectores.
Se cortassem uma boa fatia desses engenheirocas de meia tijela e doutorzecos de segunda classe, e ouvissem os chefes de serviço que trabalham directamente com o pessoal, veriam como todo o sector era rentabilizado, mais económico e o desperdício se reduziria.
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Laura B. Martins
José Reis, dirigente da Asserpo diz o seguinte no jornal do Pinhal novo:
Em campanha eleitoral, Sócrates garantiu o que sabia não iria cumprir:
Não aumentar os impostos e avançar no investimento público como forma de animar a economia.
O corte nas reduções fiscais serve para garantir receita à custa dos mesmos de sempre e nunca será uma política fiscal mais justa.
NOTA:
(sempre o mesmo mentiroso, este Sócrates)
Laura B. Martins