O governo português envergonhou os portugueses quando se pôs ao lado da Alemanha, contra a Grécia.
Mas todos nós entendemos o porquê dessas manifestações de desagrado quando deveria simplesmente aliar-se às pretensões gregas; justíssimas, diga-se de passagem.
O governo português receia que a Grécia possa mudar a opinião da Europa sobre a incoerência desta tola austeridade e, com isso, pôr em causa os líderes alemães que tanto bajula.
De tanto prestar vassalagem à Alemanha, de modo algum pretende que as suas políticas falhem.
São mesmo um bando de incompetentes pretensiosos com receio de se verem confrontados com a própria aceitação de tais medidas que nunca questionaram, mesmo que os portugueses morram à fome.
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Laura Martins
"Vêm reforços a caminho"
Pode ler-se esta notícia no jornal público, no link abaixo:
"Vêm reforços a caminho" Num dia agitado pelas reacções ao pedido de Atenas para o prolongamento do empréstimo, e no rescaldo das críticas do Presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, à troika, também um dos mais novos movimentos políticos portugueses decidiu distanciar-se da posição oficial do Governo português.
O Livre/Tempo de Avançar decidiu expressar o seu apoio às posições anti-austeridade do Governo grego. Numa carta, dirigida aos “concidadãos gregos”, entregue esta sexta-feira, de manhã, na embaixada helénica em Lisboa, e publicada no diário Efsyn e citada no jornal I Avgi, próximo do Syriza, o novo movimento político português assegura que “vêm reforços a caminho”.
“Envergonham-nos e revoltam-nos as notícias de que o Governo de Portugal tem sido um obstáculo”, lê-se na carta, que foi traduzida para grego. As críticas à posição portuguesa não se ficam por aqui. “Se a Grécia for bem sucedida, todos ficarão a saber que era possível fazer as coisas de forma diferente, ao contrário do que nos diziam. Os políticos deste Governo português forçam a intransigência dentro do Eurogrupo por razões que se prendem com o futuro político deles, mas que são contra o interesse nacional ou europeu.” Para a candidatura que nasceu da convergência entre o Livre, a Manifesto e a Renovação Comunista, o Executivo de Passos Coelho “não nos representa”. “ Faremos pressão, dentro e fora de Portugal, para que o Governo de Portugal mude de posição — ou para que Portugal mude de governo.”
Classificando a equipa de Alexis Tsipras como o “primeiro governo anti-austeridade da União Europeia”, a carta deseja que as negociações em curso na União Europeia possam conduzir “a um novo contrato”, que permita “um futuro melhor para toda a zona euro”, lê-se. “No que depender de nós, a Grécia nunca mais estará sozinha numa reunião do Eurogrupo. E vamos consegui-lo já no futuro próximo.
Caros concidadãos gregos: «aguentem firmes, que vêm reforços a caminho.”